_Ah! A cidade é repleta de gentes de todos os tipos. E eu odeio os tipos, tenho adquirido repulsa pelas gentes. Odeio essa coisa de perspectivas de um futuro perfeito.
Família, filhos e de domingos em família com a porra de uma exploraçao cretina para fazer a mulher mais velha da casa lavar a louça no fim da tarde.
E os fins de tarde?_ ela continuava falando. E eu ficando de saco cheio.
_Liz, por gentileza, não me fale dos fins de tarde, não me lembre estes momentos.
Eu estou sozinha nesta porra e você fica me remetendo aos fins de tarde? Justamente o momento mais tedioso, vazio, onde tudo que vejo acho deprimente.
_Sarah. Entenda que tudo é metamórfico. Não existe o absoluto, não há verdade que te prenda, tudo é permitido. O imediato está ai na sua frente e o que pretende fazer com ele?
_Sua hedonista filha-de-uma-puta.
_Diga-me quantas vezes o seu altruismo te salvou? Quantas vezes seu "bom coração" aniquilou dos teus vazios fins de tarde?
_Não me preocupo com a troca, não sou mercenária, acredito nas mudanças, sofro junto caralho!
Mas concordo com você sobre as gentes e os tipos. E eu gosto de família até certo ponto.
_hahaha, você é boba.
Continuou rindo de mim e desapareceu pela sombra do guarda-roupa. Espero que volte mais tarde, ela é um saco, mas acho deliciosa a brincadeira de concordar e discordar do que ela diz.
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