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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Entre o caco e o caos.

"O poeta aponta a lua, mas o idiota só consegue ver o próprio dedo"

Desculpe é que já estou saturada.
(um dia qualquer, que no momento não me lembro, no fim do mês de setembro, 2011)

Acho que não preciso mais daqueles velhos conselhos seus ao redor da mesa de jantar. Talvez, depois desta noite eu lhe tenha provado que já posso pensar o que eu quiser da vida.
Provavelmente, você por ser mais experiente, deve achar q eu vou me dar mal, se eu não ouvir uma palavra sua sequer. Mas eu absorvo tudo de bom que vc tem pra mim.

No entanto, as ofensas, ponho ao lado como se estivesse catando espinhas de peixe, eu as desprezo.
Também tenho adquirido o bendito hábito de desprezar as palavras de desanimo.

Perdão, é que ultimamente eu não quero mais absorver nada de ruim.
Se o momento é de transformar e transcender, por que eu haveria de fazer como todos os anos e continuar ouvindo você?
Por favor, deixe que eu me basta, dentro das minhas opiniões, ajude-me no que você seja capaz, se for capaz.

Mas se não for, não precisa. Eu tenho as minhas próprias pernas e minhas mãos para gerir meus sonhos.
Eu também amo e respeito você, sobretudo sua opinião antiga sobre o mundo e as pessoas.
Mas eu aprendi com o mundo e as pessoas (fossem quem fossem, boas ou ruins) que somos livres. Nascemos livres. Viveremos livres e escolheremos o cosmos que irá nos receber após a nossa vida.
Por que?? Porque simplesmente morremos sozinhos. E quanto a isso. Nada pode ser feito. Nem você pode fazer por mim, nem eu por você... as minhas escolhas são minhas e eu escolho ser eu mesma.

Obrigada por tudo e me perdoe por te-lo decepcionado um dia, mas eu não poderia deixar de viver a minha vida para viver as suas projeções sobre mim, eu não poderia decepcionar a mim mesma.
Lamentavelmente.

É difícil, eu também não consigo gerir e aceitar feliz a tua opção de vida. 
Mas acredito que você está certo em seu caminho. E isto me faz pensar que eu também estarei no meu.
Não há nada mais frustrante para os pais, do que a vida projetada não vivida dos filhos (não lembro quem escreveu isso, mas acho que foi Carl Jung, eu acho).

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